Sentenciados, sim!
A vida, porém, não nos suplica pelo prazer de atormentar.
À face de nossa destinação à suprema felicidade, todos estamos intimados ao bem, impelidos ao progresso, endereçados à educação e policiados pela justiça.
Jesus, o divino penalogista, exortou-nos, convincente:
"Perdoa não sete vezes, mas setenta vezes sete".
É que o mal expressa grave desequilíbrio do corpo, a dor moral de haver ferido a alguém é o abcesso reclamando dreno adequado; o vício é a fístula corruptora, esperando remoção da causa que a produz, e a delinqüência é o tumor de caráter maligno, comprometendo a estrutura orgânica, em prenúncio da morte.
Esposar revolta e vingança seria expor o próprio sangue a infecções perigosas, entrando voluntariamente, nas faixas destrutivas da enfermidade.
Tolerância e perdão, por isso, constituem profilaxia e imunização infalíveis.
Diz Allan Kardec: "Às penas que o espírito experimenta na vida espiritual ajuntam-se as da vida corpórea, que são conseqüentes às imperfeições do homem, às suas paixões, ao mau uso das faculdades e à expiação de presentes e passadas faltas".
Esparze, desse modo, as vibrações confortativas da prece sobre todo aquele que caiu no logro do mal.
O caluniador está sentenciado à repressão da própria língua, o desertor está sentenciado à frustração que marcou a si mesmo, o ingrato está sentenciado ao arrependimento tardio, o ofensor está sentenciado ao ferrete da consciência, o criminoso está sentenciado a carregar consigo o padecimento das próprias vítimas.
Além disso, cada conta exige resgate proporcional aos débitos assumidos, com o remorso da quebra.
Assim pois, à frente do irmão que te golpeia, recolhe-te em silêncio e esquece todo o mal. Não precisas indicá-lo àquele ou a esse castigo, perante a barra dos tribunais, porque o maior sistema de punição já está dentro dele.
Emmanuel
Do livro: Justiça Divina
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Editora: FEB
domingo, 16 de novembro de 2008
Sentenciados
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